terça-feira, 14 de abril de 2009

Amandinha

Ela passeava na rua envolta de intenso e marcante cheiro que nunca em existência alguma outra pessoa poderia definir. Acenavam para a Amandinha, abanavam a Amandinha. Tão amada, tão doce – diziam os admiradores da Amandinha.
Os pássaros realçavam seus traços Faber-Castell e as árvores se inclinavam. Uma chuva de pétalas realçava as cores do lindo mundo em que Amandinha vivia. Os sorrisos ficavam mais brancos, e o céu mais azul; as pessoas se enchiam de vida.
Amandinha era linda. Suas saias vermelhas contrastavam com a pele branca. Linda, linda. Amandinha, Amandinha!
Um dia, Amandinha assobiava quando um homem tocou em seu ombro. Foi estuprada no beco. Ali perto de casa.
Tadinha da Amandinha.