terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Privada, eu?



Após descobrir que tenho um sexto de uma dúzia de fãs, resolvi retornar com alguns posts não-periódicos. Não que eu pense estar superior a um blog agora, muito pelo contrário. Não sou ninguém. Passei os últimos seis meses aceitando a opinião alheia, tendo que escrever em provas o que fulano acha da democracia, o que sicrana pensa sobre a sociedade. E o que eu penso? O que você pensa deve ser escrito em um blog, ou num caderno de anotações surrado da coleção contemporânea “Cor e Arte”, da Tilibra. Arrependo-me de ter abandonado de certa maneira esse blog, esse espaço. Apesar de eu adorar quando outras pessoas lêem minha escrita, escrevo tudo para mim mesmo, como uma privada em que você libera suas necessidades.
Não franza o cenho, qual o problema com metáforas em relação à privada? E a sua vida privada? Uma das suas melhores amigas não deveria ser digna de habitar pensamentos grotescos e preconceituosos. Deixe-a em paz. Deixe-me sossegado. Faço metáforas do que quiser. Esse blog é como uma privada; e isso é uma coisa boa.
As instituições são privadas. Embora as do governo sejam estatais, também continuam sendo privadas.
Chamamos nossa vida e as instituições de privadas, e temos repulsa pelo nome.
Adoro a sintaxe e a semântica.

Depois de quatro meses de férias, volto a depreciar nossa sociedade já depreciada.